O Irã e as potências do Conselho de Segurança da ONU voltarão à mesa de diálogo. Após um ano das últimas negociações entre Teerã e o P5 (EUA, China, Rússia, Grã-Bretanha e França) e Alemanha, a número 1 da diplomacia da União Européia, Catherine Ashton, revelou ter recebido uma carta do chefe da agência nuclear iraniana, Saeed Jalili, na qual ele afirma concordar com um encontro. Este deve ser "em um lugar e data conveniente aos dois lados", a partir do dia 10. Segundo diplomatas europeus, o encontro deverá ocorrer em Genebra.
Países de peso do bloco europeu, entretanto, mantiveram um tom cauteloso. Afirmaram que a questão-chave é se essas discussões terão substância. O governo dos Estados Unidos comemorou nesta sexta-feira, 29, a decisão do Irã. (Saiba mais sobre o programa nuclear do Irã)
Ainda esta semana, Mahmoud Ahmadinejad recebeu a visita do presidente bolivariano, Evo Morales. No encontro, foi anunciado que o Irã ajudará a Bolívia na industrialização das reservas de lítio do país. “A Bolívia tem consciência do amplo conhecimento científico do Irã para que seja sócio do país na industrialização do lítio”, afirmou Morales. Ele ainda acrescentou: "Há três anos temos fortalecido a confiança entre os povos, presidentes e governo da Bolívia e do Irã, uma relação que é cada vez mais sólida".
O Irã ofereceu tratores, radares, manutenção e um empréstimo de US$ 250 milhões à Bolívia, informou a ABI. Ahmadinejad esteve duas vezes na Bolívia e ofereceu investimentos de US$ 1 bilhão em setores que incluem a possível exploração das reservas de urânio bolivianas.
Ana Carolina Bomfim