sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Tiroteio na fronteira.

Ocorreu no dia 03/08/2010 um tiroteio entre militares do Líbano e de Israel na fronteira, deixando cinco mortos sendo três soldados libaneses, um jornalista libanês e um oficial israelense. O Líbano relata que o tiroteio teve início quando as tropas israelenses cruzaram a fronteira para cortar uma árvore que atrapalhava a visão de suas câmaras de monitoramento, entretanto Israel afirma que seus militares não ultrapassaram a fronteira, conhecida como “linha azul”, e foram injustamente atacados pelos militares libaneses. O chanceler de Israel, Avigdor Lieberman, considera o governo do Líbano responsável pelo tiroteio e diz que seu país pretende apresentar queixa ao Conselho de Segurança da ONU, enquanto o premiê libanês, Saad Hariri, considera o ocorrido uma violação da soberania libanesa.

Na quarta-feira, 04/08/2010, a Unifil alegou que os militares israelenses não invadiram a fronteira, eles estavam podando um árvore que se localizava do lado israelense quando os militares libaneses iniciaram o tiroteio. A ONU expressou a sua preocupação com o ocorrido e pediu calma aos dois países. O tiroteio foi considerado o maior incidente violento entre Israel e Líbano desde 2006, quando Israel lançou uma ofensiva contra o Hezbollah no Líbano.


Sarah Vasconcelos

Fontes:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/08/100804_israel_unifil_rc.shtml
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/08/100803_israel_libano_rc.shtml

Conflito Israel X Palestina

        Israel e Palestina estão localizados no Oriente Médio, na costa leste do Mar Mediterrâneo, próximos à Jordânia e ao Líbano. O conflito entre os dois teve início no século XIX, com a disputa entre árabes e judeus pela soberania e poder sobre essas terras, que agregam um grande valor histórico, religioso e cultural para ambas as partes.

       A partir do século XX houveram tentativas para negociar a paz entre estes povos. Como por exemplo o acordo de Oslo de 1993, no qual Israel prometeu devolver parte do território palestino ocupado em 1967, e o acordo de cessar-fogo bilateral em 2003.

       Atualmente há uma proposta feita pelas grandes potências de estimular uma conversação de paz entre Israel e Palestina. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aguarda a retirada de objeções feitas pelo  presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, para continuar com as conversações. As objeções são que Israel pare com as obras de assentamento na Cisjordânia e que o acordo de paz entre os dois aconteça em até 24 meses.
     
      O problema ainda deve demorar para ser solucionado, tendo em vista todas as variáveis que o envolvem, e a grande importância desse território para judeus e árabes. Mas a partir do diálogo entre as partes, pode-se chegar a um acordo, se não permanente, ao menos temporário.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Brasil adere sanções da ONU ao Irã

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aderiu, na última terça-feira (10/08), às sanções impostas ao Irã pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Apesar da decisão ser contrária à postura brasileira durante os últimos meses, o Ministro Celso Amorim afirma que os esforços não foram inúteis.

O Brasil, ao mediar um acordo para transferência de urânio levemente enriquecido do Irã para a Turquia, cumpriu com seu papel histórico de resolver conflitos por meios diplomáticos e pacíficos e de defender os interesses do Terceiro Mundo. Ademais, para Amorim, a assinatura do decreto comprovou a “tradição” brasileira de cumprir as decisões de organismos internacionais e o multilateralismo.

Os países ocidentais adotaram a Resolução nº1.929, estabelecendo medidas punitivas ao Irã. Com a assinatura de tal decreto, o Brasil passou a adotar restrições comerciais à nação iraniana, tendo que evitar a transferência para o Irã de tanques, sistemas de artilharia pesada, aviões e helicópteros de combate, blindados, navios de guerra e sistemas de mísseis; exercer vigilância e restrições sobre movimentação de materiais e tecnologias proibidos ao Irã; e banir a operação de bancos e outras instituições financeiras vinculadas ao programa nuclear ou à Guarda Revolucionária do Irã no país.
 
 
Ana Carolina Bomfim
 
 
Fonte: Correio Braziliense
Acesso em: 11/08/2010

"Deveriam ter usado armas mais precisas"

    A frase do título diz respeito ao incidente que ocorreu no dia 31 de Maio, quando um navio, que declarava levar ajuda humanitária, foi interceptado por militares israelenses enquanto se aproximava do território Palestino de Gaza. O ataque causou a morte de 9 ativistas, repercutiu na mídia internacional e ocasionou a criação de uma Comissão Especial na Organização das Nações Unidas para investigar o caso.

 A Turquia exigiu que Israel assumisse a responsabilidade pelas perdas e se retratasse diante à insatisfação da comunidade internacional. E a polêmica aumentou ainda esta semana, quando o Chefe das Forças Armadas de Israel, Gabi Ashkenazi, declarou que os soldados que invadiram o navio deveriam ter utilizado "armas mais precisas", evitando reações e resistência dos ativistas. Ele afirmou que as primeiras agressões partiram dos passageiros da embarcação e, portanto, o uso mais intenso de força teria logo dispersado a tripulação.

A República da Turquia é um país estrategicamente localizado - às margens do Mar Negro e do Mar Mediterraneo, no qual predominam a religião Islâmica e o desejo de integrar a União Européia.
Interpretações a parte, tem se tornado claro que a discussão tem tomado dimensões para além do navio. A economia turca em processo de intenso crescimento (atingiu cerca de 11% no primeiro trim. deste ano) e as parcerias, comerciais e diplomáticas, com o Ocidente e Oriente, tem demonstrado que talvez, as pretensões do país busca sejam se firmar, na região do Oriente Médio, como uma potência.


Sobre esta notícia, indico o texto 'Estupidez, hipocrisia e a flotilha de Gaza', de Christopher Hitchens, que descreve, segundo a sua opinião, as motivações da ajuda humanitária e o ataque israelense.



Fontes:

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI153033-15227,00-A+TURQUIA+MAIS+PERTO+DO+ORIENTE.html

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/08/100811_frota_general_cp.shtml
http://europa.eu/abc/history/2000_today/index_pt.htm
Acesso em 12 de Agosto.
 
 
Loyanne Lima

Presença Militar dos EUA no Iraque

O Iraque, estrategicamente localizado junto ao canal de Shatt al Arab e o Golfo Pérsico, está ocupado por tropas norte-americanas desde 2003. Tal ocupação baseou-se em denúncias da presença de armas de destruição em massa, que poderiam colocar em risco os Estados Unidos e seus aliados.

Desde então as principais notícias acerca do Iraque são sobre número de mortos, ataques e bombardeios. O mês de julho deste ano foi o mais violento em mais de 2 anos, segundo estatísticas mensais divulgadas pelo governo iraquiano.

Os Estados Unidos prometem a retirada das tropas até o final de 2011. Segundo o Governo norte-americano a situação no Iraque é satisfatória, pois consideram evoluir no objetivo de instaurar uma democracia no país. Ray Odierno, o comandante-geral das tropas americanas no Iraque, disse que 80% dos líderes da rede Al Qaeda no Iraque foram mortos ou capturados durante os últimos três meses. Os militares restantes se ocuparão em treinar e equipar as forças iraquianas.

Contudo, o general Babaker Zebari, o mais graduado oficial do Exército iraquiano, recentemente afirmou que a retirada militar americana do país é prematura, e que o Exército iraquiano poderá não estar pronto para assumir a segurança do país em 2011. Segundo o general, os Estados Unidos deveriam manter suas tropas no Iraque até 2020.

Segundo Hugh Sykes, correspondente da BBC em Bagdá, os iraquianos temem que o governo americano esteja acelerando a retirada porque o Partido Democrata, de Obama, estaria com medo de perder votos nas eleições legislativas de novembro. Já o general estaria preocupado com a segurança do país contra os insurgentes.
Apesar das declaradas melhorias na segurança iraquiana, ainda há grave instabilidade política, corroborada pela indefinida eleição parlamentar de março.


Priscyla Barcelos.


Fontes: BBC

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/08/100801_iraque_violencia_pu.shtml
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/06/100605_alqaeda_iraq_rc.shtml
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/08/iraque-nao-esta-pronto-para-retirada-americana-diz-general.html
Imagem: carzem.blogspot.com