sábado, 28 de agosto de 2010

O regime do apedrejamento

Nesta quarta-feira, o Irã adiou, pela terceira vez, o julgamento de Sakineh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos, condenada à morte por adultério e acusada de supostamente conspirar para o homicídio do marido. Segundo ativistas, o sistema judiciário iraniano delongou a audiência esperando que atenção da comunidade internacional não esteja mais voltada ao caso.

Sakineh foi condenada a morte em 2006. O caso ganhou dimensão internacional, quando seu advogado postou em um blog na internet um apelo pela vida da cliente. O presidente Lula, dias depois, ainda ofereceu asilo humanitário para Sakineh, porém o Irã recusou. A mulher continua preza em Tabriz.

A pena de morte por apedrejamento está prevista na lei islâmica, a Sharia (confira aqui mais detalhes sobre essa lei), para homens e mulheres que cometem adultério e para os homossexuais. Essa prática voltou a ser utilizada logo após a Revolução Islâmica, quando foi instaurado um regime teocrático islâmico no país.

Contudo, o apedrejamento é contestado pela comunidade iraniana, o que faz com que as execuções sejam feitas em segredo e em lugares afastados. Ademais, sabe-se que as prisões não atendem a nenhum padrão internacional e que os condenados são freqüentemente abusados, drogados e sujeitos à condições desumanas e à torturas.

 
 
Ana Carolina Bomfim

Para Turquia, Irã deixa de ser uma ameaça

    Em 2005, foi elaborado pelo governo turco um documento sobre a sua politica de Segurança Nacional, que exaltava a preferência do país por um Oriente Medio sem Armas Nucleares e consequentemente, contra o programa nuclear iraniano.
    O diálogo entre o Ocidente e a Turquia, tradicionalmente ocorre devido ao comportamento turco, que apesar de ter maioria religiosa mulçumana, se mostra favorável à expansão do comércio, do diálogo com o Ocidente e possui um Estado que se declara laico.
    Esta semana porém, foi anunciado que o Conselho Nacional que trata deste documento, pretende substituir o de 2005 por um mais atualizado, que corresponda com as decisões e políticas turcas. Segundo o jornal Milliyet, o Conselho se reunirá em Outubro e pretende retirar o Irã da lista dos países que constituem possível ameaça.
    Apesar de o governo islâmico moderado, conduzido pelo primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, ter votado contra as novas sanções aplicadas ao Irã, em Junho, ele afirma que a Turquia está ao lado do Ocidente na luta pela defesa da Segurança e representa o país como potência, que visa além de representar a região, integrar os novos mercados emergentes no mundo.


Conheça o jornal Turco Milliyet, o maior do país, fundado em 1950.

Para mais informações sobre a Turquia, visite http://www.estadao.com.br/busca/Turquia;Internacional;Turquia


Loyanne Lima.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Embaixador ingressa, tropas se retiram

No último dia 18, a embaixada dos Estados Unidos no Iraque recebeu um novo embaixador, James Jeffrey. Ele sucede a Christopher Hill, que ficou 16 meses em Bagdá.

Jeffrey foi cordialmente recebido pelo ministro de Assuntos Exteriores iraquiano, Hoshiyar Zebari, que manifestou sua satisfação e destacou os fortes laços que unem os EUA e o Iraque. Anteriormente, Jeffrey havia atuado em vários cargos e missões no Iraque, o que lhe agrega vasta experiência e conhecimento acerca da região.

Ele assumiu o novo cargo no Iraque duas semanas antes do fim da retirada das tropas de combate americanas. Após essa retirada, ficarão 50 mil soldados com missões de treinamento e proteção até o fim de 2011. Neste mês quase cem mil soldados dos Estados Unidos voltam para casa. A decisão foi comemorada como o início da conclusão de fato para o conflito iniciado em 2003.

Priscyla Barcelos.



Veja a cronologia da Guerra no Iraque com fotos dos principais acontecimentos. Clique aqui!

E ainda, o G1 começa uma série de reportagens sobre os sete anos de ocupação norte-americana no Iraque. Acompanhe as próximas reportagens em que serão indicados livros e filmes para entender a guerra.

A título de curiosidade, veja fotos da embaixada dos EUA no Iraque clicando aqui. 

Saiba Mais:






domingo, 22 de agosto de 2010

Sem autorização

    Hoje, um barco que levaria itens à Gaza foi impedido de sair do Líbano, por não ter autorização. A embarcação, segundo o grupo organizador da ajuda humanitária, cumprirá seu objetivo e a viagem será apenas adiada.
    Um contato, para autorizar que o navio atracasse ou cruzasse as águas dos territórios turcos e gregos, foi feito e aguarda resposta. Já a negativa expressa partiu da República do Chipre (ilha localizada ao Sul da Turquia), que proíbe as embarcações que zarpam de seus portos, de se dirigirem à região palestina. Trata-se de um membro da União Européia e desde o ano de 2008, utiliza o euro.
    O Chipre parece recusar o envolvimento no conturbado conflito palestino. A história mostra que motivação política ou dos parceiros econômicos, para essa atitude, pode ser uma dica.
    Caso o leitor de interesse pela República do Chipre, aqui segue uma análise sobre a ocupação do país, por Paulo Fagundes Vizentini, de 2004.

Saiba: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/08/22/mundo,i=209161/BARCO+COM+AJUDA+PARA+GAZA+ADIA+SAIDA+DO+LIBANO+POR+FALTA+DE+AUTORIZACAO.shtml

Loyanne Lima.