sábado, 18 de setembro de 2010

E as negociações continuam

Nessa semana, mais precisamente dia 14, começaram pra valer as negociações de paz entre Israel e Palestina representados respectivamente por Benjamin Netanyahu e Mahmoud Abbas, com a mediação da Secretária de Estado norte-americana Hilary Clinton e George Mitchell, enviado especial da Casa Branca. O encontro aconteceu no Egito e contou com a participação do presidente egípcio Hosni Mubarak.
            Hilary Clinton salientou a importância do acordo e diz acreditar na seriedade das partes para que o mesmo aconteça o mais breve possível, já que foi estipulado pelos EUA o tempo máximo de um ano para chegar a um acordo.
            O assunto primordial nesse início de negociações é o dos assentamentos feitos por Israel em terras da Cisjordânia. Isso porque no fim deste mês acaba o prazo da paralização desta construção e caso ela não continue paralisada alguns dirigentes palestinos já ameaçaram desistir do acordo, mas Netanyahu já afirmou que não continuará a paralisá-las, mas irá as desacelerar.  
            Antes da reunião o presidente Barak Obama já havia incentivado à manutenção da paralisação dos assentamentos e o porta-voz israelense pediu flexibilidade nas negociações, mas durante a reunião a autoridade israelense permaneceu sem reações perante esse assunto, assim como a norte-americana.
            Enquanto isso continuam os atentados provocados pelo Hamas na região.


Barbara Paula

Fontes:
http://www.google.com/hostednews/epa/article/ALeqM5h2jbGTlM3UCCX4PJrnHAcLZinO1Q
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5hg_BRkGbv1cOiYKnujmDgOuSHvmg
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,hillary-israel-e-palestinos-estao-serios-sobre-acordo,610173,0.htm

Recomendação:
http://www.estadao.com.br/especiais/as-negociacoes-de-paz-entre-israelense-e-palestinos,115944.htm

Mais reformas...

    Depois de aprovada por voto popular, as mudanças na Constituição da Turquia, o comissário da União Européia que trata dos possíveis novos membros defendeu que mais mudanças sejam realizadas, para aumentar as chances do país integrar a UE.
    Cerca de 58% dos votos manifestaram favorecimento às mudanças sugeridas pelo governo Turco, que incluiam o aumento das liberdades e o controle civil, do exército. E o comissário expressou ainda a importância de o país do Oriente Médio possuir uma Constituição e uma democracia mais parecidas com a dos europeus.

    Nesta semana, há também notícias de atantados na Turquia, dos quais um teria ocorrido pela explosão de uma mina terrestre, que teria matado 9 curdos, e outras 10 pessoas teriam sido feridas em outro atentado à bomba, na região sudeste do Turquia. As autoridades suspeitam que rebeldes curdos sejam os resposanveis por estes ataques. Saiba mais sobre este grupo, o PKK, que reivindica autonomia na região do sudeste da Turquia, aqui.






Loyanne Lima.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O Irã dos Aiatolás

Clérigos iranianos fizeram declarações polêmicas durante esta semana. Os aiatolás Hossein Nouri Hamedani e Naser Makarem Shirazi afirmaram que quem desrespeitar o Alcorão deve ser morto. Segundo estas autoridades, a objeção à jurisprudência islâmica é "obrigatória e necessária e o assassinato das pessoas que cometerem esse ato é compulsório". Ademais, os aiatolás ainda acrescentaram que a resposta ao desrespeito ao livro sagrado do islamismo deve ser tomada após uma consulta a um "juiz religioso".

O aiatolá Ali Khamenei pediu a união do Irã contra o Ocidente. Segundo o líder religioso, seu país deve iniciar uma luta contra a "campanha anti-República Islâmica", o que, para ele, é uma arrogância mundial. Khamenei afirmou que as potências ocidentais sempre buscaram denegrir o Irã através de resoluções da ONU, sanções e apoio a seus opositores. Nesta quarta-feira, 15, Estados Unidos, Reino Unido e França pressionaram a ONU para a realização de um painel para monitorar o cumprimento do Irã às sanções impostas pela organização.


Dica de leitura: A revolução dos Aiatolás


Ana Carolina Bomfim

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Mortes e violações dos direitos humanos no Iraque

A situação no Iraque está cada vez mais crítica. O número de mortes é crescente. Ontem 18 pessoas morreram em atos de violência, entre elas sete civis e dois militares iraquianos em uma operação militar iraquiano-americana contra um dirigente da Al-Qaeda em Fallujah. Além de nove militares iraquianos que ao saírem de licança  foram mortos com a explosão de uma bomba na estrada por onde passavam, transportados por um caminhão militar, no norte do Iraque.

As dificuldades enfrentadas no país foram ainda evidenciadas com as denúncias de violações dos direitos humanos. No início desta semana a Anistia Internacional (AI) divulgou relatório afirmando que muitos detentos no Iraque esperam anos por julgamentos, com pouco acesso às famílias e auxílio legal insuficiente, e nas cadeias, elas sofrem com problemas como torturas e maus-tratos.

De acordo com o relatório, as forças de segurança iraquianas são responsáveis por violações sistemáticas dos direitos humanos dos prisioneiros. A AI considera, ainda, que os Estados Unidos devem assegurar que não haverá maus-tratos depois da transferência dos presos, quando as tropas norte-americanas deixarem o Iraque no próximo ano. Mais tarde, o Iraque o os militares dos Estados Unidos contestaram as conclusões da AI, defendendo-se ao afirmarem que as prisões do país obedecem aos padrões internacionais.

O relatório da Anistia Internacional pode ser acessado aqui.



Priscyla Barcelos.


domingo, 12 de setembro de 2010

À Discórdia

Recentemente houve o pronunciamento do primeiro-ministro do Líbano Sa'ad al-Hariri dizendo que precipitou-se ao acusar a Síria de estar envolvida no assassinato de seu pai Rafiq al-Haririum bilionário empresário que mantinha fortes relações da Síria com o Líbano, porém recentemente buscando limitar a influência siria.

Sa'ad al-Hariri (esquerda) e Bashar al-Assad (direita)
A Síria declarou não estar envolvida com o atentado desde que foi acusada e após muitas conversações do primeiro ministro libanês com o presidente da Síria Bashar al-Assad o Líbano retirou as acusações contra a Síria, principalmente por falta de provas.

Das acusações voltadas à Síria, o Líbano passou a acusar o Hezbollah pelo assassinato, mesmo que com provas insuficientes, que por sua vez  acusa Israel.

Não se trata apenas de procurar quem assassinou Rafiq al-Hariri, não tirando a legitimidade do Líbano encontrar o culpado, mas também de criar uma situação em que o trio Síria, Irã e Hezbollah (nesse caso Síria e Hezbollah) sejam manipulados para perder sua legitimidade, enfraquecer as conexões existentes uns com os outros e começarem a se dissipar. Não é apenas uma estratégia Libanesa, lembrando que Europa e EUA têm a mesma pretensão de levá-los à discórdia, afinal, a pressão sobre os três aumenta a cada dia seja por pequenas acusações ou por grandes promessas de desenvolvimento.

 Carolina Moro

Leia mais:

http://www.guardian.co.uk/world/2010/sep/06/lebanon-syria-hariri-assassination