Na semana do 30º aniversário do início da Guerra do Golfo, o presidente iraniano foi o centro das atenções no cenário internacional. Mahmoud Ahmadinejad fez declarações polêmicas durante a 65ª Sessão da Assembléia Geral da ONU, em Nova York. Ele voltou a questionar a autoria dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.
Em suas teorias, o presidente afirma que os atentados foram orquestrados pelo governo dos Estados Unidos para reverter problemas econômicos e salvar o regime sionista no Oriente Médio. Ahmadinejad ainda teoriza que os ataques ao World Trade Center foram cometidos por um poderoso grupo terrorista, como é a visão norte-americana, ou que os ataques foram cometidos por um grupo terrorista, porém que os EUA tiraram proveito da situação.
Ademais, o presidente iraniano fez críticas ao sistema capitalista e a atual ordem mundial. Segundo ele, "as estruturas injustas e pouco democráticas das instituições internacionais, políticas e financeiras mundiais estão por trás da maioria das desgraças da humanidade". Ahmadinejad pediu que, na próxima década, seja instaurada uma nova ordem mundial que rejeite o capitalismo e conduza a um governo justo e imparcial com base na mentalidade divina.
Cabe ressaltar que os intérpretes da Assembléia advertiram em diversas ocasiões que a tradução não condizia com as falas do presidente iraniano e que nos últimos minutos de seu discurso não houve tradução simultânea.
Depois das declarações do presidente Ahmadinejad, diplomatas dos EUA e de outros países se retiraram do debate. A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, considerou o discurso do presidente iraniano escandaloso e inaceitável. A presença de Ahmadinejad também provocou alguns protestos nas ruas próximas a ONU.
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Ana Carolina Bomfim