Apesar das sanções impostas pela ONU, o Irã começou neste sábado (21/08), o abastecimento de sua primeira usina nuclear. No início da semana, Ali Akbar Salehi, chefe do setor nuclear do país, havia declarado que a política iraniana de enriquecimento de uranio não seria suspensa, tampouco a política de defesa militar do país.
Nesta sexta-feira (20/08), foram testados com sucesso os míssies Qiam-1, informou o ministro da defesa Ahmad Vahidi. A expectativa é de que a usina de Bushehr, no sul do país, comece a produzir energia elétrica dentro de um a três meses.
A Rússia fornecerá o combustível nuclear e retirará o material utilizado. Desta forma, a possibilidade do combustível ser desviado para a produção de armamentos é mínima. Até mesmo os EUA já descartaram a possibilidade de proliferação e consideraram a usina como símbolo dos benefícios pacíficos da eneria nuclear. O urânio usado como combusítvel na usina é enriquecido em 3,5%, muito aquém dos 90% necessários para a fabricação de armas.
Nesta semana, o governo iraniano ainda declarou que apenas discutirá as questões nuclares com o governo norte-americano se as sanções da ONU forem retiradas. Segundo o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, os Estados Unidos não atuam de forma honesta e deveriam parar de "brincar de superpotência". Ademais, o Irã cobrou mais independência no cenário internacional, alegando que cooperará e manterá transparência junto à Aiea.
Ana Carolina Bomfim