sábado, 21 de agosto de 2010

Irã testa mísseis e inaugura usina nuclear

Apesar das sanções impostas pela ONU, o Irã começou neste sábado (21/08), o abastecimento de sua primeira usina nuclear. No início da semana, Ali Akbar Salehi, chefe do setor nuclear do país, havia declarado que a política iraniana de enriquecimento de uranio não seria suspensa, tampouco a política de defesa militar do país.

Nesta sexta-feira (20/08), foram testados com sucesso os míssies Qiam-1, informou o ministro da defesa Ahmad Vahidi. A expectativa é de que a usina de Bushehr, no sul do país, comece a produzir energia elétrica dentro de um a três meses.

A Rússia fornecerá o combustível nuclear e retirará o material utilizado. Desta forma, a possibilidade do combustível ser desviado para a produção de armamentos é mínima. Até mesmo os EUA já descartaram a possibilidade de proliferação e consideraram a usina como símbolo dos benefícios pacíficos da eneria nuclear. O urânio usado como combusítvel na usina é enriquecido em 3,5%, muito aquém dos 90% necessários para a fabricação de armas.

Nesta semana, o governo iraniano ainda declarou que apenas discutirá as questões nuclares com o governo norte-americano se as sanções da ONU forem retiradas. Segundo o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, os Estados Unidos não atuam de forma honesta e deveriam parar de "brincar de superpotência". Ademais, o Irã cobrou mais independência no cenário internacional, alegando que cooperará e manterá transparência junto à Aiea.
Para um apanhado geral, clique aqui e assista ao vídeo.
 
Ana Carolina Bomfim

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

        Na terça-feira, 17, um palestino identificado como Nadim Injaz, invadiu a embaixada da Turquia em Israel para pedir asilo político do governo de Ancara. O incidente durou cerca de 7 horas, e, de acordo com informações dadas pela imprensa local, manteve o cônsul e sua esposa como reféns durante 2 horas.

        Injaz levava consigo uma arma de brinquedo, uma faca e uma lata de gasolina. Felizmente, nenhum dos reféns ficou ferido. Ele foi baleado na perna e deixou a embaixada em uma ambulância, após ser interrogado por diplomatas turcos.

        Ele já tinha cumprido sentença, pois em 2006 invadiu a Embaixada Britânica pelo mesmo motivo.
O embaixador da Turquia em Israel não estava na Embaixada por causa do estremecimento das relações desses dois países depois do ataque à flotilha humanitária que ia para Gaza, no final de maio. Os governos não admitem ter piorado as relações entre os dois países por consequência deste novo acontecimento.

Barbara Paula


Fontes:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/08/100817_israel_turquia_rc.shtml
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,palestino-invade-embaixada-turca-em-israel-faz-dois-refens-e-e-preso,596312,0.htm

A dança bélica entre Síria e Israel

Israel tem visto as relações entre Irã, Síria e Hezbollah com muita cautela nos últimos tempos, sendo evidente sua preocupação de que haja uma possível união entre eles para fins bélicos nucleares.

Desde que os três se reuniram para tratar, principalmente, de questões sobre que reações tomar caso ocorra um ataque ou ameaça vinda de Israel, juntamente do depoimento do Ministro da Defesa de Israel Ehud Barack de que se a Síria não assinasse um acordo de paz com Israel haveria uma grande possibilidade de conflito, e com o ataque do avião israelense à um prédio na Síria que, supostamente estaria lidando com atividade nuclear, as relações entre Síria e Israel entraram em um estado em que os dois países estão na tênue linha que separa relações de tolerância e as de conflito direto.

Israel pode estar forçando relações com a Síria com o intuito de tirar um aliado do Irã e evitar o avançamento nuclear nesse país, bem como o Irã pode estar intencionando usar a Síria e Hezbollah para reduzir pressões sobre suas pesquisas nucleares. O que se percebe é que ambos, Israel e Irã pretendem usar a Síria para uma relação de conflito que fique mais favorável para um dos lados. Nesse cenário, mesmo com uma “guerra verbal” ocorrendo, a Síria se mantém com a posição de que não deseja a guerra, mas que ela responderá firmemente a qualquer ataque vindo de Israel à sua soberania.
No momento mesmo com equipamentos bélicos apontados ou para o outro em suas fronteiras, os representantes e negociadores da Síria e de Israel buscam uma solução que não envolva mortes, entrando em contato um com o outro, muitas vezes, por meio de outro país.

Esse frágil tabuleiro pode ser transformado de palavras a atos com o mais simples incidente.

Carolina Moro

Fonte:

Para mais informações sobre as recentes relações entre Síria e Israel:
http://www.middleastpost.com/category/israeli-arab-conflict/


Relações Brasil - Iraque


Desde 1970 o Brasil e o Iraque têm desfrutado de fortes relações comerciais bilaterais. Tais relações propiciaram um aumento no fluxo comercial entre os países. Por um lado o Brasil importa petróleo iraquiano, e em contrapartida exporta serviços, tecnologia, aviões etc. 
Com a imposição do embargo pela ONU em 1991, as relações bilaterais foram suspensas. A criação do programa “Petróleo por Alimentos” permitiu uma retomada parcial das relações, mas apenas quando o embargo acabou foi possível retomar a estreita cooperação e o comércio das décadas anteriores.

 Atualmente o fluxo comercial entre Brasil e Iraque é ainda maior, trazendo substanciais dividendos para o Brasil. De janeiro a junho desse ano o mercado iraquiano comprou US$ 344 milhões em produtos brasileiros. E as exportações brasileiras ao Iraque, no primeiro semestre de 2010, foram 44,5% superiores ao mesmo período de 2009.
 A presença brasileira no Iraque, e também em outros países do Oriente Médio, é um esforço para alcançar o objetivo de complementação do desenvolvimento econômico pela política externa. Os olhares do Governo brasileiro têm se expandido cada vez mais para áreas anteriormente negligenciadas ou consideradas irrelevantes.

                           ***

Indico o artigo do Prof. Seme Fares, em que são examinados os aspectos econômicos, políticos e estratégicos do relacionamento Brasil – Iraque. Desde os dois choques do petróleo até a ocupação do Iraque em 2003.
Veja mais dados estatísticas da balança comercial brasileira no site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.


Priscyla Barcelos
 

Parlamento aprova lei e ratifica Convenção de Oslo.

Na última terça-feira, dia 17/08/2010, o Parlamento do Líbano aprovou lei que permite os refugiados palestinos trabalharem de maneira legal em seu país, com o intuito de diminuir o alto grau de discriminação perante palestinos que vivem no Líbano em condições precárias. Entretanto a lei ainda os impede de exercer atividades nos setores de engenharia, direito e medicina que são profissões regulamentadas por sindicatos profissionais limitados aos cidadãos libaneses. A Organização pela Libertação da Palestina elogiou a aprovação da lei, mas afirmou que continuarão pressionando por mais direitos visto que a questão dos refugiados palestinos é muito polêmica, e que a lei aprovada não dá direito a eles de freqüentar escolas públicas ou até mesmo de comprar imóveis.

O Parlamento do Líbano ratificou, no dia 18/08/2010, a Convenção de Oslo que proíbe o uso e a produção de bombas de fragmentação. "Este é um sinal muito importante do compromisso do Líbano com o direito internacional e reforça a vontade internacional de proibir esses artefatos mortíferos", afirmou Michael Williams, coordenador especial da ONU para o Líbano.

Sarah Vasconcelos
 
Fontes:
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/nyt/libano%20concede%20novos%20direitos%20de%20trabalho%20a%20refugiados%20palestinos/n1237752567035.html
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4629801-EI294,00-ONU%20considera%20ratificacao%20do%20Libano%20da%20Convencao%20de%20Oslo%20sinal%20importante.html