quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Susto aéreo

Esta quarta-feira, 17, foi o primeiro dia de exercícios militares no Irã. O país simulou um ataque aéreo sobre pontos estratégicos de seu território, incluindo 7 mil quilômetros de fronteiras. Contudo, a artilharia iraniana foi posta em alerta de verdade. Seis aviões não-identificados foram detectados por radares violando o espaço aéreo do país. Segundo as Forças Armadas do Irã, caças realizaram operações de intercepção e as advertências necessárias foram feitas.

Durante os exercícios, o Irã testou suas capacidades defensivas de curto, médio e longo alcançe, assim como alterações em sua defesa aérea. De acordo com o general Mohamed Hassan Mansurian, o míssel antiaéreo S-200 foi testado com êxito. Esse míssel tem a mesma capacidade do russo S-300 e é um sistema de longo alcançe. O general acrescentou que as ameaças situadas a longo alcance representam 20% das ameaças contra o Irã e que por isso o país deve elaborar soluções para enfrentá-las.

Ainda esta semana, o presidente Mahmoud Ahmadinejad declarou que tem interesse em se reunir com as potências ocidentais para dialogar sobre seu programa nuclear. Porém, o líder iraniano ressaltou que as negociações devem ser sobre bases justas. Segundo ele, esses países sempre buscam buscar vantagens e prejudicar o Irã. Ahmadinejad afirmou que as potências devem parar de ameaçar seu país, se quiserem obter resultados positivos no encontro. "Nenhum embargo pode mudar o povo iraniano", concluiu o presidente (leia sobre as declarações aqui!).


Ana Carolina Bomfim

domingo, 14 de novembro de 2010

Dificuldades na investigação do assassinato de Rafiq Hariri

No dia 11 de novembro de 2010, o líder do grupo Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou que rejeitará qualquer acusação de membros do grupo Hezbollah com relação ao assassinato do ex-primeiro-ministro do Líbano, Rafiq Hariri. Tal declaração pode ser entendida como uma resposta insatisfatória do grupo devido ao fato das investigações do assassinato serem realizadas pelo Tribunal Especial para o Líbano. "Aqueles que imaginam que nós permitiremos a prisão ou detenção de qualquer um dos nossos combatentes estão errados", disse Hassan Nasrallah.   
Devido à declaração feita por Hassan Nasrallah, a Secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, advertiu, no dia 12 de novembro de 2010, o grupo Hezbollah com relação à investigação do assassinato do ex-primeiro-ministro do Líbano, Rafiq Hariri. De acordo com Hilary Clinton, o grupo Hezbollah não tem o direito de intrometer e dificultar a investigação feita pelo Tribunal Especial para o Líbano da Organização das Nações Unidas.  

Fontes:

Sarah Vasconcelos

sábado, 13 de novembro de 2010

Adiadas as negociações da UE com a Turquia

    Esta semana o governo Turco iniciou a construção de casas para os moradores que serão removidos Tuzkoy, na região da Capadócia. Essa mobilização se deve ao fato das belas paisagens do local, que possui rochas porosas talhadas mas que, em determinados locais, é utilizada na própria construção das casas e é responsável pelos altos índices de incidência de um cancer raro.
    Os moradores possuem doenças respiratórias que provocavam metade de todas as mortes na população. O câncer, que é o estágio final para estes índices, é causado por um mineral raro (a erionita) presente nas rochas da região, e que possui propriedades parecidas com as do amianto.
    Após descobertos todos os fatores que desencadeiam a doença nos moradores, o governo prontificou-se a construir moradias em outro lugar. Isso também é raro de ser ver né? Dependendo do lugar do mundo em que você more.
Ah, é bom lembrar que o número de casas construídas não é suficiente para todos os que precisam. Então, governo dos sonhos #fail

    Na última terça-feira a Comissão Européia anunciou que as negociações para a adesão da Croácia, ao bloco, entraram na fase final. Verificou-se que o país alcançou com destaque as metas que lhe foram impostas e o Comissário do Alargamento, Stefan Fule, aproveitou a ocasião para criticar a Turquia, que não melhorou as suas relações com o Chipre (pequeno país ao sul que já é um integrante da UE) e adiou o início das conversações, devido às preocupações de que o Estado de Direito não esteja sendo respeitado.
Enquanto isso, a Turquia permanece no stand by me.

Saiba Mais aqui  e aqui no EU news.

Loyanne Lima.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Irã perde disputa na ONU

Nesta quarta-feria, o Irã perdeu a disputa para uma vaga na Agência da Mulher da ONU. A eleição ocorreu na sede das Nações Unidas e 54 países participaram. A agência em defesa dos direitos da mulher será composta por 41 membros e começará suas atividades em janeiro de 2011.

A vaga estava garantida ao Irã, já que era um dos dez países candidatos às dez vagas reservadas à Ásia. Contudo, o Timor Leste apresentou candidatura de última hora. Na votação, o Irã recebeu 19 votos contra 36 a favor do Timor Leste.

A candidatura do Irã foi alvo de forte oposição os Estados Unidos e de grupos de direitos humanos. Isso porque vários relatórios da ONU denunciam o péssimo tratamento às mulheres no Ira, como lei abusivas e assédio. Ademais, o país está em meio à polêmica sobre o julgamento da iraniana Sakineh Ashtiani.

Para saber quais são os membros da Agência da Mulher e muito mais, clique aqui!


Ana Carolina Bomfim

Novo Acordo Político Iraquiano


Em encontro dos principais líderes políticos do Iraque, no último dia 8, um acordo político de divisão de poder foi debatido. O acordo, formalizado no dia 10, divide os principais cargos do país entre as várias etnias e religiões.

O presidente Jalal Talabani, que é curdo, foi reeleito. Ele anunciou a recondução de Nuri al-Maliki, que é xiitas, ao posto de primeiro-ministro, e posição inferior ao grupo sunita, com Osama al-Nujaifi como presidente do Parlamento. 

A divisão de cargos ocorreu oito meses após a eleição e um decorrente impasse político. Com a partilha do poder, o Iraque começa a sair de uma crise política que já dura oito meses. Ainda assim, o acordo foi marcado por protestos da aliança sunita al-Iraqia, do ex-premier Ayad Allawi. Mais uma vez evidenciamos a relevância das questões religiosas e culturais na política  mundial, e em específico, na política interna iraquiana.


Priscyla Barcelos.

 

Veja os comentários do Presidente Obama acerca do acordo político durante reunião da cúpula do G 20.

domingo, 7 de novembro de 2010

Tribunal Especial para o Líbano

No dia 01/10/2010, o atual primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, declarou no jornal “The Times” que não crê que a morte do seu pai Rafiq Hariri, o ex-primeiro-ministro do Líbano, tenha associação com o governo da Síria. "A relação com a Síria é importante geográfica e historicamente e eu tenho que me portar como primeiro-ministro e não como Saad Hariri", afirmou Rafiq Hariri.
Devido ao pedido do líder do grupo Hezbollah, Hassan Nasrallah, para que os libaneses boicotassem as investigações do assassinato de Rafiq Hariri realizadas pelo Tribunal Especial para o Líbano da Organização das Nações Unidas, o presidente do Tribunal Especial para o Líbano solicitou, no dia 03/10/2010, que os libaneses dessem uma chance ao tribunal com relação à investigação.
Ainda com relação à investigação do assassinato de Rafiq Hariri, os Estados Unidos ofereceram uma doação de 10 milhões de dólares para o Tribunal Especial para o Líbano no dia 03/10/2010. "Estamos confiantes de que o trabalho do tribunal pode continuar para ajudar a deter uma maior violência e para encerrar uma era trágica de impunidade para os assassinatos políticos no Líbano", afirmou Susan Rice, embaixadora dos Estados Unidos da Organização das Nações Unidas.
Sarah Vasconcelos

Síria, inoscente para Líbano e amiga para Bulgária

No dia 1º de novembro de 2010, o primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, disse que não considerava a Síria culpada pelo bombardeio que levou à morte o ex-chefe de Governo Rafik Hariri, pai de Saad. Ele disse que como primeiro-ministro não se dá ao luxo de especular sobre eventuais culpados. Em sua entrevista citou que "Não acho que o sangue de Rafik Hariri deva ou vá causar divisão no país.".

Nessa semana o presidente sírio e sua esposa visitaram a Bulgária, Damasco tem interesse de reunir países vizinhos e vincular os cinco mares; Mediterrãneo, Cáspio, Vermelho, do Golfo e Negro a fim de que com essa associação a imagem da região se reforce a nível internacional e seja uma forma de melhorar questões como paz e segurança.

Ambos os países têm intenção de manter ou melhorar relações com a Síria, o país mostra em suas posições e a quem se alia que sua posição como aliado é mais válida do que a posição de inimigo, essa última sutilmente demonstrada. O desenrolar do cenário internacional no Oriente Médio está na fase de determinar, convencer e escolher aliados e inimigos, a Síria tem desempenhado importante ator sendo procurada pelo meio oriente e ocidente  
"A relação com a Síria é importante geográfica e historicamente e eu tenho que me portar como primeiro-ministro e não como Saad Hariri"  (Saad Hariri)

Carolina Moro

Da entrevista:
Saiba mais

sábado, 6 de novembro de 2010

Iraque registra novos atentados e ataques

A Polícia iraquiana divulgou que ao menos quatro pessoas morreram na última quinta-feira e outras nove ficaram feridas após a explosão de uma bomba na cidade iraquiana de Tikrit, durante uma patrulha de rotina da Polícia. Três policiais morreram e diversos soldados do Exército iraquiano estão entre os feridos.

A explosão de três carros-bomba, este sábado, em um ataque contra as residências de três encarregados da União Patriótica do Curdistão (UPK) deixaram 34 feridos no norte do Iraque. A UPK é o movimento do presidente iraquiano, o curdo Jalal Talabani.

Na última terça-feira, uma onda de atentados em Bagdá matou 64 pessoas em bairros de maioria xiita.  Neste sábado, dois morteiros foram lançados contra o bairro de Abu Nawass e a Zona Verde, setor ultrafortificado do centro da capital. O primeiro projétil deixou dois feridos.

Em outro episódio, um sargento da polícia ficou ferido, também em Bagdá, na explosão de uma bomba magnética colada em seu veículo. E em Tarmiya, 45 km ao norte da capital, três policiais ficaram feridos na explosão de uma bomba na passagem do comboio em que viajavam.


                                                                               (alcance de uma bomba)


Priscyla Barcelos.

Alimentando polêmicas internacionais

   No início desta semana, um terrorista detonou explosivos na Praça Taksim, Istambul, deixando trinta e dois feridos e expondo a fragilidade de um área que é permanentemente policiada. Enquanto as autoridades turcas suspeitam que os rebeldes turcos e militantes radicais de esquerda sejam os responsáveis pelo atentando, o primeiro ministro-turco, Erdogan, levantou as suspeitas contra grupos estrangeiros em suas declarações. "Alguns países não temem apoiar o terrorismo aberta ou indiretamente", disse o ministro, sem especificar às quais países estava se referindo. 
   O ministro  não quis falar abertamente, o jeito então é especular. Meu palpite vai para Israel, por causa de alguns motivos, que ficaram mais evidentes depois de um acontecimento recente, envolvendo um navio, um helicóptero e alguns ativistas, próximos ao litoral israelense,  e o seu?
   Também nos últimos dias foi reinstaurada a proibição de acesso ao YouTube na Turquia, que havia sido liberado a pouco tempo. O acesso esta bloqueado desde maio de 2008, quando usuários teriam colocado vídeos ofensivos ao fundador da República Turca, Mustafa Kemal Ataruk. Um tribunal já tentou revogar a decisão, para evitar mais críticas às leis restritivas sobre internet na Turquia, mas outro tribunal estabeleceu a proibição, e justificou a decisão afirmando que, desta vez, não se tratava de vídeos ofensivos ao país mas de uma invasão à privacidade do ex-líder da oposição.

Saiba Mais aqui e aqui

Loyanne Lima.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A Companheira Dilma

Esta semana, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, comemorou a vitória de Dilma Rousseff nas eleições para presidente do Brasil. O iraniano declarou sua satisfação com o governo Lula e diz estar esperançoso de que o governo Dilma siga os mesmos passos diplomáticos de seu antecessor.
O presidente Ahmadinejad ainda afirmou que as boas relações entre Irã e Brasil continuarão e se tornarão mais consolidadas.  Isso porque o Brasil, sob a liderança de Dilma, irá fortalecer o bloco antiamericano.
Nos últimos anos, o governo Lula fez questão de se opor às sanções impostas contra o Irã e tentou intermediar um acordo para solucionar a questão nuclear em Teerã. Ademais, o governo brasileiro tem ampliado sua estratégia de impedir que países sejam isolados da comunidade internacional por conta de acusações de violações de direitos humanos.
Apesar das acusações de manter um sistema perverso de violações aos direitos das mulheres e de ainda manter leis como a do apedrejamento de adúlteras, Ahmadinejad fez questão de elogiar o fato de o Brasil ter escolhido sua primeira mulher presidente. Na última quarta-feira, Dilma Rousseff opinou sobre o caso Sakineh e declarou ser radiclamente contra o apedrejamento da iraniana. “Acho uma coisa muito bárbara”, disse.

Ana Carolina Bomfim

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A influência da religião nos últimos acontecimentos no Iraque

Na última terça-feira, a Suprema Corte do Iraque condenou à morte Tareq Aziz. Que era o representante no exterior do regime do ditador Saddam Hussein, por ter perseguido partidos islâmicos. Aziz entregou-se às autoridades um mês depois de os norte-americanos terem invadido o Iraque. No ano passado, Aziz foi condenado a 15 anos de prisão por sua participação na matança de dezenas de comerciantes em 1992 e, depois, a mais 7 anos por seu papel na remoção à força de curdos do norte do Iraque, durante o regime de Saddam
Declarada a sentença de morte, o Vaticano manifestou-se pedindo às autoridades iraquianas que não realizem tal pena contra Aziz, que é cristão. Isto, segundo um porta-voz do Vaticano, ajudaria na reconciliação, paz e justiça.
De outra forma a religião tem influenciado ações no Iraque. Ontem a noite, um grupo ligado à Al-Qaeda invadiu a catedral siríaca católica de Bagdá e acabou  matando 52 pessoas e ferindo 67. Foi um dos mais violentos atos cometidos contra os cristãos do Iraque. Os terroristas eram militantes do grupo Estado Islâmico do Iraque, que possui relações com a Al-Qaeda, e teriam como objetivo protestar contra a prisão de integrantes da organização, tanto no Iraque, como no Egito.


Priscyla Barcelos.

Tumultos sobre a investigação do assassinato de Rafiq Hariri.

No dia 27 de outubro de 2010, um grupo de mulheres invadiram uma clínica privada em Beirute e atacaram, de maneira violenta, uma equipe de investigadores da Organização das Nações Unidas que estavam coletando provas relacionadas a investigação do assassinato do ex-primeiro-ministro Rafiq Hariri. Tal acontecimento demonstra o clima de tensão presente no Líbano devido às investigações e uma possível acusação de membros do grupo Hezbollah no assassinato.  
No dia 28/10/2010 o líder do grupo Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, requisitou aos libaneses que não cooperassem e, também, boicotassem a investigação internacional do assassinato do ex-primeiro-ministro Rafiq Hariri que está sendo realizada pelo Tribunal da Organização das Nações Unidas , pois os dados e informações obtidos estavam sendo enviados a Israel.
Fontes:

Sarah Vasconcelos

sábado, 30 de outubro de 2010

De volta às negociações

O Irã e as potências do Conselho de Segurança da ONU voltarão à mesa de diálogo. Após um ano das últimas negociações entre Teerã e o P5 (EUA, China, Rússia, Grã-Bretanha e França) e Alemanha, a número 1 da diplomacia da União Européia, Catherine Ashton, revelou ter recebido uma carta do chefe da agência nuclear iraniana, Saeed Jalili, na qual ele afirma concordar com um encontro. Este deve ser "em um lugar e data conveniente aos dois lados", a partir do dia 10. Segundo diplomatas europeus, o encontro deverá ocorrer em Genebra.
Países de peso do bloco europeu, entretanto, mantiveram um tom cauteloso. Afirmaram que a questão-chave é se essas discussões terão substância. O governo dos Estados Unidos comemorou nesta sexta-feira, 29, a decisão do Irã.  (Saiba mais sobre o programa nuclear do Irã)
Ainda esta semana, Mahmoud Ahmadinejad recebeu a visita do presidente bolivariano, Evo Morales. No encontro, foi anunciado que o Irã ajudará a Bolívia na industrialização das reservas de lítio do país. “A Bolívia tem consciência do amplo conhecimento científico do Irã para que seja sócio do país na industrialização do lítio”, afirmou Morales. Ele ainda acrescentou: "Há três anos temos fortalecido a confiança entre os povos, presidentes e governo da Bolívia e do Irã, uma relação que é cada vez mais sólida".
O Irã ofereceu tratores, radares, manutenção e um empréstimo de US$ 250 milhões à Bolívia, informou a ABI. Ahmadinejad esteve duas vezes na Bolívia e ofereceu investimentos de US$ 1 bilhão em setores que incluem a possível exploração das reservas de urânio bolivianas.

Ana Carolina Bomfim

domingo, 24 de outubro de 2010

Simulação de explosão no Líbano

No dia 19 de outubro de 2010, o Tribunal Especial para o Líbano realizou uma simulação de explosão na base militar localizada no sudoeste da França, Captieux. O objetivo da simulação era auxiliar na investigação do assassinato do ex-primeiro-ministro Rafiq Hariri, que foi morto num atentado na cidade de Beirute, em 2005, quando um caminhão-bomba explodiu.
A investigação do assassinato de Rafiq Hariri vem gerando intensa polêmica no Líbano, visto que o Tribunal Especial para o Líbano, que é vinculado com a Organização das Nações Unidas, pretende indiciar membros do grupo xiita Hezbollah. Os membros do Hezbollah afirmam que tal tribunal está privilegiando somente os interesses de Israel e dos Estados Unidos.
No dia 20 de outubro de 2010, um foguete, cuja origem é desconhecida, atingiu um edifício de Tripoli, localizado ao norte do Líbano. O acontecimento deixou quatro mulheres feridas, além disso, o bairro de maioria alauíta, é conhecido por ser local de incidentes isolados.
Fontes:

Sarah Vasconcelos

sábado, 23 de outubro de 2010

Visita amiga

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, visitou esta semana o Irã. Esta foi a nona viagem do líder venezuelano ao país islâmico. O objetivo da viagem foi o de reforçar os laços no setor de energia e comércio. Foram assinados 11 acordos comerciais, incluindo uma sociedade de transporte para facilitar o acesso do petróleo venezuelano à Europa e Ásia.  Ademais, Mahmoud Ahmadinejad prometeu favorecer a Venezuela na exploração de South Pars, considerado o maior campo de petróleo do mundo.
Irã e Venezuela ainda declararam que estão juntos na busca de uma nova ordem mundial, que eliminará a hegemonia do Ocidente nas questões globais. Segundo os presidentes, o imperialismo entrou em uma fase de declive e, por mais que resista, está se dirigindo a seu cemitério. Hugo Chávez reforçou sua defesa ao programa nuclear iraniano.
Ainda esta semana, o governo do Irã declarou um aumento no estoque de urânio enriquecido. Este é agora de 30 quilos, um quinto a mais do que havia sido informado anteriormente. As declarações preocupam a comunidade internacional, que teme uma corrida armamentista no Golfo Pérsico. Nos últimos quatro anos, governos da região compraram US$ 37 bilhões em equipamento militar dos EUA. Os líderes da Arábia Saudita, Emirados Árabes, Bahrein, Kuwait, Omã temem a hostilidade iraniana. Saiba mais no artigo de Frida Ghitis, na World Politics Review.

Ana Carolina Bomfim

Questão cultural - a solução ou o problema?

    No início desta semana, começou na Turquia o julgamento de 151 políticos e militantes curdos, acusados de pertencer ao PKK (considerado Organização terrorista).  Quem está atenta a esse julgamento é a Comissão Europeia, que deverá publicar em breve o relatório anual sobre os progressos turcos para a integração grupo nos 27. +euronews
Presidente alemão com a esposa do Presidente da Turquia

    Recentemente a Turquia também recebeu a visita do Presidente alemão,  Christian Wulff, cujo principal objetivo era apelar pela liberdade religiosa dos cristãos que residem na Turquia. Wulff pareceu fazer um  pedido de tratamento recíproco, pois, apesar das dificuldades que a Alemanha tem tido para manter a sua cultura, enfatizou que os imigrantes mulçumanos têm lugar na sociedade de seu país. Em suas palavras, ele afirmou que os dois países tem muito em comum - que os une, e que assim como o cristianismo e o judaísmo pertencem à Alemanha, o islamismo também passou a ser.


    As mudanças e os problemas culturais, que a presença da população de origem mulçumana tem causado nos países de cultura predominantemente ocidental, seria um dos motivos que impedem a Turquia de integrar a UE?

#ficadicaaqui


Loyanne Lima.

Diário da Guerra no Iraque

No último post sobre o Iraque informamos que o site Wikileaks divulgaria informações de documentos outrora confidenciais acerca da Guerra no Iraque. Após este vazamento de documentos um grupo de advogados britânicos anunciou forçar uma investigação pública no Reino Unido sobre o assassinato de civis durante a ocupação do país asiático. Phil Shiner, advogado britânico especializado em direitos humanos, também questionará seu governo por não por fim aos abusos e torturas de presos pelas forças iraquianas.  Tal situação demonstra claramente o aumento do poder nas mãos da sociedade civil, capaz de pressionar Estados soberanos. Isto se dá nesta era globalizada em razão do acesso a informação que é facilitado pela internet.

Segundo os documentos publicados pela Wikileaks, entre 2004 e 2009 houve mais de 109 mil mortes violentas no Iraque, que incluem 66.081 civis, 23.984 classificados como "inimigos" e 15.196 membros das Forças de Segurança iraquianas. Completam o número 3.771 mortes de soldados americanos e de outros países da coalizão. Os dados e informações que eram sigilosos agora estão ao alcance da população comum. Os incidentes divulgados pelo Wikileaks são sempre comprometedores para os EUA, e constituem 'arma' contra este país quando é utilizado para constrangê-lo perante a sociedade internacional e pressiona-lo à reparação do Iraque.

Veja os documentos no Wikileaks: Iraq War Diaries


Priscyla Barcelos.

domingo, 17 de outubro de 2010

Escudo antimíssil, alianças e véus

    Esta semana os ministros da Defesa e os dos Negócios Estrangeiros da Turquia e dos Estados Unidos, discutiram a possibilidade de participação da Turquia no escudo antimissíl da OTAN. Apesar da declaração do Secretário-geral da Organização, de que o assunto deve ser resolvido até o final do mês de novembro, o Secretário de Defesa dos EUA garantiu que seu país não exercerá pressão sob a nação do Oriente Médio.
    Também nesta semana, ocorreu um encontro entre uma chanceler federal alemã, o Presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o Presidente russo, Dimitri Medvedev. O principal tema a ser debatido? A limitação das da União Européia e de suas instituições. A falta de apoio de nações como a Turquia, tem prejudicado as instituições através dos questionamentos de sua legitimidade, e diante a resistência de alguns europeus em aceita-la na UE, os demais tendem a agir independentemente da decisão do bloco. Alguns estudiosos sugerem que uma cooperação com a Turquia e a Rússia seja a melhor das opções para resolver esta questão - que é determinante nas relações comerciais, mas principalmente, na garantia de segurança do território europeu. Para saber mais clique aqui.
    O último comentário consiste nas novas tentativas do Governo em relaxar a proibição do véu em território turco. Em 2007, o governo islâmico moderado do Primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, tentou aprovar emendas constitucionais que impediriam que as mulheres fossem privadas de estudar nas instituições com seus trajes religiosos, mas o partido da oposição decidiu contra a reforma. Agora, o Presidente do Conselho Superior da Educação (YÖK), Yusuf Ziya Özcan, que é favorável aos islamitas moderados, enviou um comunicado às universidades, pedindo que as estudantes com véu não sejam expulsas das aulas.



Loyanne Lima.

Negociação suspensa

As negociações de paz entre Israel e Palestina foram paralizadas pelos palestinos após a continuação das construções de colônias israelenses na Cisjordânia.
Os mediadores norte-americanos receberam um prazo da Liga Árabe de um mês para resolver essa situação das negociações, sobre a colonização. Esse prazo teve início no dia 9 de outubro.
Seria realizada uma reunião entre os representantes da Palestina, Egito e Israel, respectivamente Mahmud Abbas, Hosni Mubarak e Benjamin Netanyahu, no próximo dia 21 para estabelecer a formação de uma cúpula para União para o Mediterrâneo (UpM), que acontecerá  no fim de novembro. Essa reunião aconteceria em Paris, mas a mesma foi adiada.
Fontes:
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/10/liga-arabe-da-um-mes-para-eua-salvar-negociacoes-israel-palestinos.html

Visita de Mahmoud Ahmadinejad ao Líbano


O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, iniciou a sua visita de dois dias ao Líbano em 13/10/2010 e foi muito bem recebido pela população simpatizantes do grupo Hezbollah, além de ser saudado no aeroporto pelo presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, e por uma delegação de políticos do Hezbollah. Tal visita é a primeira realizada por Mahmoud Ahmadinejad desde que assumiu a Presidência, em 2005, e pode entendida como um incentivo ao movimento xiita libanês do Hezbollah, e também apoio político ao grupo Hezbollah e uma provocação a Israel.
O presidente do Irã declarou que o seu país apóia o governo do Líbano e que está disposto a oferecer ajuda financeira para o Líbano contra Israel, e disse que o Irã, assim como o Líbano, se opõe "à agressão e aos crimes cometidos pelo regime sionista e por aqueles que o apóiam", referindo-se à Israel. Mahmoud Ahmadinejad ainda declarou que apóia o Líbano nas questões referentes “à libertação das terras ocupadas (por Israel) no Líbano e na Síria".
Devido à visita do Presidente do Irã, o governo do Líbano reforçou as tropas libanesas ao longo da fronteira do Líbano com Israel com receio de que a visita do presidente iraniano aumentasse a tensão na fronteira. Durante a visita, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou que "sionistas são mortais”, ao elogiar a resistência do Líbano contra Israel. "O mundo deveria saber que os sionistas são mortais... hoje a nação libanesa está viva e é um modelo para os países da região", disse Mahmoud Ahmadinejad.  

Em resposta as declarações contra Israel, Yigal Palmor, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, afirmou "É um acontecimento muito preocupante ele transformar o Líbano em uma plataforma para seus planos agressivos contra Israel e contra outros países na região".

Para saber mais sobre a visita do Presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Líbano e sobre a posição do Líbano no conflito entre Israel e Irã acesse:

Fontes:
Sarah Vasconcelos

Ameaça à imprensa

As publicações que divulgarem declarações e fotos de líderes da oposição poderão ser censuradas no Irã.  O Ministério da Cultura supervisiona as atividades da mídia local e estrangeira do país e, desde as eleições presidenciais de 2009, já fechou quase todas as publicações que defendem  reforma política e bloqueou sites na internet.  Segundo a REUTERS, dezenas de ativistas foram presos e condenados por publicar notícias contra o presidente Mahmoud Ahmadinejad, levantando acusações de fraude nas eleições do ano passado.

O governo iraniano também se pronunciou sobre a proposta da União Européia de retomar as negociações sobre o programa nuclear de Teerã em novembro. O chanceler iraniano, Manushehr Mottaki, disse que esta é uma boa notícia e que este é um bom período para restabelecer o diálogo com o grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha). Os contatos entre o Irã e as seis principais potências mundiais estão congelados desde outubro do ano passado, o que levou à aprovação de novas sanções internacionais do Conselho de Segurança da ONU.

Ana Carolina Bomfim

Síria e Israel, negociáveis ou fascistas?

As negociações entre Síria e Israel, que buscavam a paz propondo uma aliança de combate aos 'inimigos', foi recentemente suspensa. Com isso, os dois países voltam a se atacarem e buscar reconhecimento no campo verbal.


Em seu  encontro com o líder turco, o presidente sírio Bashar al Assad, acusou os israelenses de fascistas, por exigirem que não-judeus que buscassem entrar no país jurassem lealdade ao Estado 'judeu e democrático', e exigia o reconhecimento da Síria como 'Estado judeu'.

Observamos que a Síria, aliada ao Irã e ao Hezbollah, é vista como uma inimiga em potencial, depois vários países, próximos e distantes, buscam uma conciliação com o país para aproximá-lo de seus interesses, tudo isso no macro contexto, e no micro, problemas culturais e de reconhecimento que se projetam para o campo internacional. De inimigo a possível aliado a problemático vizinho. Aliados são necessários, mas quais serão aqueles que não querem valer-se da confiança é que são os mais difíceis de se encontrar, no meio internacional é necessário que se analize os atores a partir de seus interesses levando em conta suas ações, pois nem sempre a análise a partir da ação demonstra a real intenção de quem a pratica.

 Carolina Moro

saiba mais:







Guerra do Iraque: Divulgação de Informações

O Exército dos EUA divulgou nesta quinta-feira, 14, seu mais amplo relatório sobre a guerra do Iraque, segundo o qual cerca de 77 mil iraquianos civis e integrantes das forças de segurança morreram no período entre o início de 2004 e meados de 2008.


Os números de mortos e feridos no Iraque são alvo de controvérsia por causa das questões políticas envolvidas no conflito e da oposição de muitos países e de uma grande parcela da população norte-americana. Críticos de cada lado acusam-se mutuamente de manipular o número de vítimas para influenciar a opinião pública.


Morgue workers in the town of Baquba, 60 kilometers northeast of Baghdad, bury 50 unidentified bodies not claimed during the last two months at a mass grave on the outkirts of town August 28, 2008. (STR/AFP/Getty Images)

Os dados e informações sensíveis que eram sigilosas estão por ser divulgados. O site Wikileaks estaria prestes a divulgar cerca de 400 mil documentos confidenciais sobre a guerra do Iraque, segundo informações difundidas pela imprensa. A revista Newsweek anunciou em setembro "o maior vazamento de material de inteligência".

Por isso, o Pentágono mobilizou 120 pessoas para examinar o impacto da próxima divulgação pelo site, segundo anúncio nesta sexta-feira de um porta-voz do Departamento de Defesa.




Priscyla Barcelos.

domingo, 10 de outubro de 2010

Grupo Hezbollah e suas interferências no panorama do Oriente Médio


Ainda com relação à investigação do assassinato do ex-primeiro-ministro Rafic Hariri, Ban Ki-moon, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), requisitou, no dia 06/10/2010, ao Líbano e à Síria que não interviessem no processo de investigação realizado pelo Tribunal Especial para o Líbano. O motivo de tal pedido tem como foco central o grupo Hezbollah e sua aliada Síria, visto que ambos possuem interesse em dificultar a investigação.
O ministro de Relações Exteriores da Síria, Walid al-Moallem, relatou que possui interesse, juntamente com a Arábia Saudita, em estabilizar a situação do Líbano, que desde o assasinato de Rafic Hariri se encontra em estado de instabilidade. Entretanto, a Síria apóia abertamente o grupo Hezbollah, enquanto a Arábia Saudita é considerada uma importante aliada do Líbano.
Desde 2008 o secretário-geral do grupo Hezbollah, Hassan Nasrallah, não realizava uma aparição em público devido ao ataque israelense à sua residência no ano de 2006, na qual a mesma ficou destruída. Entretanto, o medo de um possível ataque foi esquecido durante um breve tempo, no dia 09/10/2010, quando Hassan Nasrallah apareceu plantando a árvore “um milhão” em frente à sua antiga casa, em Beirute, na companhia do ministro de Agricultura libanês, Hussein al-Hajj Hassan, também membro do grupo Hezbollah. O motivo da aparição foi a divulgação da campanha "Jihad para a Construção", que tem como objetivo plantar um milhão de árvores no decorrer de um ano.
"Quisemos plantar esta árvore neste lugar preciso, em frente à minha casa, destruída durante a guerra de 2006 (entre Israel e o Hezbollah), para motivar os cidadãos libaneses a plantarem uma árvore diante da sua e cuidarem dela", disse Nasrallah.
Fontes:

Sarah Vasconcelos

O Sagrado Corão

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, enviou uma carta ao papa Bento XVI nesta semana. O líder iraniano agradeceu ao pontífice pela defesa do Alcorão durante a polêmica gerada por um reverendo dos EUA que queria queimar exemplares do livro sagrado dos mulçumanos.
 Ahmadinejad ainda pediu cooperação entre as religiões, o que, segundo ele, pode combater a degradação da sociedade, principalmente da juventude e da família, o laicismo, movimentos islamofóbicos e a influência dos materialistas. O documento foi entregue ao papa pelo vice-presidente do Irã, Mohamad Reza Mirtajodini.   

Ana Carolina Bomfim

sábado, 9 de outubro de 2010

Turquia em negócios da China

Após a viagem do premiê chinês, Wen Jiabao, à Turquia e da sua reunião com o Primeiro-ministro Tayyip Erdogan, ambos decidiram por trabalhar para o aumento do comércio bilateral entre seus países e prometeram alcançar os US$ 100 bilhões até o ano de 2020.
Segundo Erdogan, foram assinados oito acordos, entre eles, os que se referem aos setores de energia e infraestrutura e os de investimento chinês em redes ferroviárias de alta velocidade na Turquia. Em oito anos o fluxo comercial entre os países aumentou de US$ 1 bilhão para US$ 12,6 bilhões. Esse numero recuou em pouco mais de US$ 2 bilhões em 2009, devido à crise mundial, seungo o MRE chinês.
Aparentemente, não há nenhuma novidade nesta notícia sobre os dois países que desejam incrementar suas transações comerciais, se não fosse pelo anúncio de que elas ocorrerão, a partir de agora, em moeda local.Em todas as relaçoes entre a Turquia e a China, serão utilizadas a lira e o yuan, ao invés do dólar.
A China tem participado de uma série de acordos semelhantes, com a Rússsia por exemplo, em um esforço de incentivar o uso de sua moeda.
Incetivar o uso de outras moedas, seria uma tentativa de amenizar os choques econômicos, caso o dólar flutue de forma a prejudicar o comércio mundial? Ou a novidade está mais relacionada às questões políticas internacionais?


Saiba Mais aqui

Loyanne Lima.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

DEFINIÇÃO DO NOVO GOVERNO IRAQUIANO / CASOS DE CÂNCER NO IRAQUE



O longo impasse político para a definição do novo governo iraquiano chegou ao fim esta semana. A administração do país será guiada pelo Primeiro Ministro Nouri al-Maliki.


A coalizão do premiê Maliki não deve ter praticamente nenhum sunita, o que é visto por muitos em Washington como a consolidação do domínio xiita sobre o Iraque. Por isso os Estados Unidos ficaram insatisfeitos com a provável composição da futura administração iraquiana, que contará com integrantes radicais xiitas e próximos ao regime de Teerã.
...

                         
Ainda esta semana noticiou-se que a Organização Mundial da Saúde está cooperando com o governo do Iraque a fim de estudar o aumento anormal de doenças congênitas e casos de câncer nas crianças do país. A maioria dos casos foi registrada na cidade de Faluja, acredita-se que pode ser consequência do urânio das bombas americanas que caíram na cidade iraquiana em 2004.


Maiores informações:

Will Congress sabotage Iraq's transition to a new government?

OMS coopera com Iraque na investigação de aumento anormal de câncer infantil




Priscyla Barcelos.

domingo, 3 de outubro de 2010


        Os esforços para um acordo de paz entre Israel e Palestina continuam a ser feitos. Existem diversos esforços para que seja prolongada a moratória das construções na Cisjordânia, pois ainda existe o impasse de que caso isso não aconteça o representante da Palestina se retire das negociações.
        O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, diz que só terá um posicionamento, quanto a fim da moratória, para decidir se continua ou não a participar das conversações após uma consulta à Liga Árabe. A resposta só será dada na segunda feira, dia 4 de outubro.
      Enquanto esse assunto não for resolvido as negociações estarão em risco de continuarem.
Fontes:
http://noticias.r7.com/internacional/noticias/obama-faz-apelo-por-moratoria-em-carta-a-israel-20100930.html
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,eua-preve-esforcos-pela-paz-entre-israel-e-palestinos,617804,0.htm

Barbara Paula Coelho

Investigação sobre a morte de Rafiq Hariri

Na quarta feira passada, dia 29/09/2010, o grupo Hezbollah divulgou que utilizará da sua posição no governo do Líbano para bloquear e atrasar o dinheiro destinado ao Tribunal Especial para o Líbano (STL), da Organização das Nações Unidas, para a investigação do assassinato do ex-primeiro-ministro Rafiq Hariri durante um atentado terrorista em 2005.
Com a confirmação dessa manobra pelo porta-voz do Hezbollah, Ibrahim Moussawi, essa divulgação pode ser considerada conseqüência da grande possibilidade do Tribunal Especial para o Líbano acusar partidários do grupo Hezbollah pela morte de Rafiq Hariri. Dos custos do tribunal 49% são pagos pelo governo do Líbano, sendo que o restante é pagos pelos países da Organização das Nações Unidas. A votação a respeito do orçamento para o STL foi adiada pelos parlamentares do Líbano, entretanto, o atual primeiro-ministro, Saad Hariri, afirmou que vai insistir na aprovação do orçamento.
Sarah Vasconcelos

Mediador ou conselheiro?

Nessa semana o Minstro das Relações Exteriores brasileiro Celso Amorim anunciou que o Brasil está colaborando nas negociações entre Israel e Síria como um mediador não declarado. Disse que seu país está disposto a ajudar no que for necessário para resolver o assunto entre os dois países. 

O Brasil assumiu frente a esse processo para que seja resolvido da melhor e mais pacífica forma. É importante notar que o Brasil não se declarou mediador, assumindo uma postura de forma que não interferisse na causa do problema, mas em sua solução. A um Estado que busca amenizar o conflito entre outros dois é mais indicado, principalmente para que não se envolva no conflito em si, que ele se mantenha em uma posição neutra de forma que seus interesses não se mesclem com os interesses dos conflitados. 

Assumir o papel de mediador pode trazer benefícios, mas conjuntamente malefícios dependendo do resultado e da forma de mediação, e contando ainda com a possibilidade do mediador ser abrangido ao conflito, portanto não se declarar mediador do conflito, mas ainda assim colaborar para sua solução é uma estratégia brasileira para evitar futuros problemas e resolver um presente de forma a manter a amizade com os dois países.

Carolina Moro

Saiba mais: